Uma das especialidades da Elo Relações Governamentais é assessorar empresas ligadas ao ramo de telecomunicações, uma vez que elas possuem ligação direta com a legislação e órgãos governamentais.
Por se tratar de um ramo sensível às leis, o setor de telecomunicações está em constantes adaptações para implementar inovações, desde que sejam pautadas em princípios legais.
Além disso, é comum haver parcerias criadas pelo governo federal com empresas de diversos portes para fomentar o desenvolvimento da comunicação em todas as esferas (estadual e municipal).
De acordo com a CNN, o setor de telecomunicações recebeu até setembro de 2024 o total de R$ 24,5 bilhões em investimentos.
Apesar de ser um valor consideravelmente alto em relação a outros segmentos do mercado, ainda foi 4,7% abaixo do mesmo período em 2023.
No decorrer deste artigo você vai acompanhar os altos e baixos das subcategorias mais expressivas do ramo de telecomunicações.
Índice do artigo
O impacto da evolução do 5G no Brasil
O mesmo estudo abordado na introdução deste artigo também aponta que a maior parte dos investimentos foram projetados para a infraestrutura do 5G, além da ampliação da fibra ótica.
O resultado disso é que quase 95% de todas as cidades brasileiras que possuem mais de 100 mil habitantes, já têm o sinal 5G ativo para acesso à internet.
Em números mais precisos, o cenário atual aponta que 14,4% dos dados móveis rastreados utilizam a tecnologia 5G, o que representa um aumento significativo, já que em 2023 os acessos somaram 6,9%.
Consequentemente houve um decréscimo dos acessos da 4G, caindo de 84,1% para 78,1% dos acessos totais.
Os próximos passos consistem em planejar e executar a implantação do sinal nas cidades menores localizadas no interior.
Por que o volume de investimentos de 2024 foi menor que 2023?
O investimento reduzido em 2024 se deve ao fato de que 2023 foi o pico dos aportes relacionados à implementação da tecnologia 5G, que ocorreu no período pandêmico compreendido entre 2020 e 2022.
Isso significa que o investimento menor não se trata de um retrocesso, mas sim de uma estabilização de gerenciamento de valores, já que o foco da implantação da nova tecnologia exigiu mais recursos em anos anteriores.
Apesar do recuo, o setor de telecomunicações ainda é um dos que mais investe no país, ocupando o terceiro lugar, atrás apenas das indústrias de petróleo e energia.
Dados da pesquisa mostram que o setor arrecadou R$ 215,5 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2024.
Dados expressivos de outras categorias dentro do setor de Telecomunicações
Não só a 5G teve espaço no cenário nacional, como outras categorias como:
- Telefonia e internet móveis, com receita bruta de R$ 96,2 bilhões, aumentando 3,7% o número e celulares ativos.
- Aumento de receita da banda larga com alta de 1,9%, resultando em R$ 69,8 bilhões, após a entrada de 6% de novos assinantes no cenário nacional.
A guerra entre as plataformas de Streaming e TVs por assinatura
Não era difícil de prever a queda latente das TVs por assinatura, uma vez que o comportamento do usuário tem mudado na última década, ou seja, percebemos que a autonomia de escolha de conteúdos proporcionada pela internet, leva as pessoas a preferirem a experiência do streaming (Youtube, Netflix, PrimeVideo, etc) ao invés da “programação linear” de uma TV por assinatura, onde a própria emissora escolhe a grade de programações.
Os números mostram essa realidade quando apontam que houve em 2024 uma queda de 19,2% na receita desta categoria.
De 2020, passando por 2023, até 2024, as assinaturas baixaram respectivamente de 15,1 milhões para 11 milhões, chegando a 8,6 milhões no ano anterior.
O cenário das ligações e troca de mensagens
A telefonia também não foi diferente das TVs por assinatura. Apesar de termos cada vez mais dispositivos móveis circulando e realizando conexões entre as pessoas, o comportamento dos usuários tem levado às ligações convencionais ao desuso, ou seja, a comunicação escrita tem se aprimorado nos apps mensageiros, bem como o envio de áudios e realização de videochamadas, os quais facilmente substituem uma ligação normal.

Essa redução representa uma baixa de 9,2% (R$ 9,9 bilhões) na receita dessa categoria. Isso reflete também a telefonia fixa que na comparação entre 2020, 2023 e 2024, encolheu respectivamente de R$ 30,7 milhões (2020), para R$ 25,8 milhões (2023), até R$ 22,9 milhões de clientes no ano anterior (2024).
O contexto da indústria de cabos e equipamentos essenciais para transmissão de dados
Essa categoria também exerce muita influência no setor. Quando falamos em telecomunicações logo nos vem à mente as grandes operadoras e big techs responsáveis pela comunicação em massa, porém não podemos nos esquecer das empresas que produzem, distribuem e instalam os equipamentos e cabos necessários para oportunizar o funcionamento da comunicação em si.
De acordo com a CNN, a pesquisa informa que esta categoria teve uma redução de receita em 4,1%, representando R$ 27,9 bilhões, já que a 5G e as conexões wireless tem se popularizado cada vez mais, diminuindo assim a dependência de elementos físicos.
Expectativas de 2025 para o setor de telecomunicações no Brasil
Como podemos ver nas seções anteriores, o setor brasileiro de telecomunicações segue em ritmo acelerado de transformação, com destaque à expansão do 5G, inovações tecnológicas e maior foco em sustentabilidade e segurança digital.
Em uma artigo publicado pelo portal Teletime, Carlos Baigorri e Alexandre Freire, respectivamente Presidente do Conselho Diretor e Conselheiro diretor da Anatel, comenta sobre as expectativas para 2025:

“Questões como inclusão digital, segurança cibernética, inovação e sustentabilidade permanecem no centro de sua atuação, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso a serviços de telecomunicações seguros e de qualidade. “
Avaliando 2025, podemos esperar:
- Áreas rurais com mais conectividade
- Inserção de mais torres inteligentes que otimizem os serviços
- Maior investimento em cibersegurança na intenção de proteger a infraestrutura digital do país.
Com base nisso, deixamos aos nossos leitores uma pergunta: Você costuma acompanhar os dados e tendências deste setor?
Pela nossa experiência como consultores para organizações deste ramo, podemos afirmar com veemência que estar atento ao crescimento das telecomunicações não é apenas uma necessidade, mas uma estratégia essencial para empreendedores que desejam identificar oportunidades de negócios e estabelecer parcerias estratégicas com o governo.
A Elo atua como ponte entre empresas e governo, oferecendo inteligência de mercado e previsibilidade para que seus clientes possam aproveitar as melhores oportunidades e mitigar riscos.
Estar à frente das movimentações políticas e regulatórias é um diferencial competitivo que pode determinar o sucesso no setor de telecomunicações.
Se você tem interesse em se aproximar dos órgãos governamentais relacionados ao seu ramo de atuação, entre em contato com a ELO. Somos especialistas em realizar a ponte entre empresas e os representantes do governo.