31 / Maio / 2024

Profissional de Relações Governamentais: As principais atribuições desta função

Dentro da área de Relações Institucionais e Governamentais (RIG), existe uma série de funções que devem ser desempenhadas para que as empresas tenham uma conexão real e consistente com os órgãos governamentais, bem como com a legislação vigente.

Um profissional de RIG que desempenha suas funções em uma empresa privada, geralmente atua desempenhando este papel de conexão entre o “privado e o político”. Contudo, dependendo dos objetivos da empresa, sua função poderá exigir uma atuação mais “outdoor”, focada em relacionamento com agentes, ou uma função mais “indoor”, focada na análise legislativa e monitoramento da movimentação política no parlamento.

Diante dessa variedade de funções, responderemos aqui:

  • Quais as principais atribuições de um profissional de relações governamentais?
  • Quais áreas do conhecimento ele deve dominar para desempenhar uma função consistente e valorosa para a empresa?
  • Qual a formação ideal para uma pessoa que almeja esta profissão?
  • Como é o dia a dia de um profissional de relações governamentais?

Essas e outras informações você acessa neste artigo que serve como um guia sobre a profissão de Analista de Relações Governamentais.

Índice do Artigo


Quais as principais atribuições de um profissional de Relações Governamentais?

O Profissional de Relações Governamentais é conhecido também como lobista ou analista de políticas públicas. Este profissional desempenha um papel fundamental na conexão entre organizações ou grupos de interesse e o governo.

Em geral, esta função de RIG conecta o profissional diretamente com o alto escalão da empresa, uma vez que esta área influencia diretamente as decisões administrativas da organização.

Dentre as principais atribuições do profissional de RIG, existem duas que se destacam:

  1. a representação dos interesses de sua organização perante autoridades governamentais
  2. formulação de estratégias para influenciar políticas públicas.

Contudo, vamos listar nas próximas seções as principais atribuições desta função.

Monitoramento e Análise de Políticas Públicas:

Nesta função, a responsabilidade do profissional de RIG é acompanhar de perto as políticas governamentais, projetos de lei e regulamentações que afetam os interesses da organização.

Além disso, o analista de RIG deve analisar o impacto potencial dessas políticas e regulamentações nos negócios ou na agenda da organização.

Um claro exemplo de função do profissional de RIG é o monitoramento dos debates legislativos sobre privacidade de dados, analisando como as novas leis propostas podem impactar a coleta e o uso de dados pela empresa.  

Advocacia e Influência

Nesta atribuição, a função do analista de RIG é defender os interesses da organização perante legisladores, autoridades governamentais e outros stakeholders.

É neste momento que devem ser aplicadas as estratégias de lobby e advocacy para persuadir decisores políticos a apoiar ou rejeitar determinadas políticas.

Imagine por exemplo um lobista de uma associação de fabricantes de automóveis que precisa se encontrar com membros do congresso para defender políticas que incentivem a produção de veículos elétricos. Sua função é apresentar argumentos sobre os benefícios econômicos e ambientais. 

Construção de Relacionamentos

A construção de relacionamentos que conectam o poder público e privado é um dos principais desafios, principalmente para quem está iniciando nesta função. Esta função consiste basicamente em estabelecer e manter relacionamentos estratégicos com autoridades governamentais, legisladores, funcionários públicos e outros influenciadores.

Se você tem esta atribuição em sua função como analista de RIG, prepare-se para uma rotina que inclui: Participar de eventos, reuniões e audiências públicas para desenvolver redes de contatos e promover os interesses da organização.

Análise de Riscos e Oportunidades

Esta é uma das funções que mais interessa o alto escalão da empresa, pois a identificação de riscos e oportunidades, ao mesmo tempo protege o patrimônio da empresa e desbrava novas oportunidades de negócio.

Nesta função, é necessário gostar de estudar políticas regulatórias e legislativas para identificar ameaças potenciais e oportunidades relacionadas à área de atuação da empresa.

Desenvolver planos de ação para mitigar riscos ou capitalizar oportunidades emergentes.

Comunicação Estratégica

Esta é uma das funções que mais envolve atividades indoor. A função de comunicação estratégica exige a criação e disseminação de materiais de comunicação persuasivos, como relatórios, briefings e posicionamentos, para influenciar a opinião pública e os formuladores de políticas.

Se você vai focar suas atividades nesta atribuição, prepare-se para gerenciar campanhas de relações públicas e esforços de engajamento para promover a visão e os objetivos da organização.

A formação ideal para profissionais de Relações Governamentais

Aqui no Brasil, a formação de um profissional de Relações Governamentais pode ocorrer de diversas maneiras, pois não há uma formação específica ou um curso único que seja exclusivo para essa área.

Contudo, veja que existem diversas opções de cursos e áreas de estudo que proporcionam conhecimentos relevantes para que uma pessoa desempenhe esse papel em empresas ou organizações. Listamos aqui estão algumas delas:

  • Ciência Política
  • Relações Internacionais
  • Direito
  • Administração Pública e Gestão Governamental
  • Comunicação Social e Jornalismo
  • Economia
  • Administração de Empresas

Não podemos nos esquecer dos cursos de pós-graduação! Sim, além desses cursos de graduação, existem também as formações de especialização e cursos de extensão que podem oferecer conhecimentos específicos e mais pontuais em Relações Governamentais, Lobby, Advocacy e Políticas Públicas.

Se você é um profissional interessado nesta área, é importante lembrar que, como profissional, você deve buscar constantemente se atualizar e aprimorar suas habilidades, participando de cursos, workshops, seminários e eventos relacionados à área política e governamental.

Contratar um profissional de Relações Governamentais ou uma Assessoria de RIG?

Esta é uma pergunta difícil de se responder, pois ambas as funções possuem seus pontos fortes e fracos. Também ressaltamos logo de início que você, profissional de RIG, pode atuar tanto como um profissional de RIG, prestando serviço a uma empresa única, quanto um Assessor independente (Empresa de Assessoria de RIG) que atende diversas empresas e seus interesses.

Existem algumas vantagens em substituir um profissional de Relações Governamentais por uma assessoria especializada em RIG (Relações Institucionais e Governamentais). Vamos então a essas vantagens.

Expertise especializada e diversidade de habilidades

Enquanto um profissional de RIG pode estar em uma posição onde desempenha várias funções, a Assessoria vai dispor de um profissional especialista em cada área, podendo ter uma ação dedicada em sua função.

Uma assessoria especializada em RIG geralmente possui uma equipe de profissionais com experiência e conhecimento especializado em políticas públicas, advocacy e lobby. Essa diversidade de profissionais pode trazer uma perspectiva ampla e profunda sobre questões políticas e regulatórias, além de terem uma rede de contatos estabelecida no governo e no setor privado.

Quanto mais pessoas envolvidas nos processos, maiores são as possibilidades de uma assessoria ampliar sua rede de contatos com pessoas chave para o processo de conexão entre o setor político e privado.

Flexibilidade e Escalabilidade

Contratar uma assessoria de RIG pode ser mais econômico do que manter um profissional em tempo integral, especialmente para empresas menores ou em estágio inicial. Além disso, uma assessoria especializada pode ajudar a diminuir os riscos associados a questões políticas e regulatórias, oferecendo orientação especializada e estratégias eficazes para lidar com essas questões.

A melhor opção pode ser a associação de um analista com uma Assessoria

É importante ressaltar que a decisão de contratar uma assessoria especializada em RIG ou manter um profissional interno depende das necessidades específicas da empresa, do orçamento disponível e da complexidade das questões políticas e regulatórias enfrentadas. 

Algumas empresas podem optar por uma combinação de ambas as abordagens, utilizando uma assessoria especializada para projetos específicos ou complementando o trabalho de um profissional interno.

Lembre-se que uma assessoria sempre vai precisar de uma pessoa responsável dentro da empresa para validar documentos, decisões, e fazer a conexão entre os assessores e a diretoria da empresa.

Esperamos que este guia tenha ajudado você a perceber a importância de manter profissionais qualificados em seu setor de relações governamentais.

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