Publicado em: 21 de junho de 2024

Empresas de tecnologia se conectam ao Governo Federal para projetos de inovação

Compartilhe nosso conteúdo

Sempre de olho nas inovações que ocorrem nos países mais desenvolvidos, o governo brasileiro constantemente busca soluções inovadoras para melhorar seus serviços e infraestrutura, e isso está diretamente ligado às empresas de tecnologia.

Apesar da constante busca por evolução, tanto o Governo federal quanto os governos dos estados e municípios não dispõem de um time dedicado para desenvolver soluções. Pelo contrário, eles contam com empresas do setor privado para alavancarem pesquisas e implementações tecnológicas.

Startups são exemplos de empresas que podem fornecer essas soluções, desde sistemas de gestão até tecnologias de ponta em saúde e educação, dentre outras áreas.

De acordo com uma pesquisa elaborada pela Cortex em parceria com a Endeavor, em 2023 havia no Brasil 12.040 startups no Brasil, sendo que aproximadamente 40% delas foram fundadas nos últimos 10 anos, ou seja, percebe-se por este cenário que a mão de obra tecnológica é em grande parte “novata” no ramo dos negócios, porém, mesmo com pouca tradição econômica, a expertise dessas empresas pesa mais na hora de uma parceria de negócios com o Governo em prol da inovação.

Índice do artigo


A participação de licitações e projetos governamentais não só traz estabilidade financeira devido aos contratos firmados, mas também aumenta a visibilidade e a credibilidade da startup nos negócios.

Neste artigo, vamos observar alguns dos principais pontos que fazem da parceria governamental uma ótima opção para empresas de tecnologia comprometidas com a inovação.

Qual a realidade das empresas de tecnologia no cenário atual?

Vivemos em uma era nomeada como Sociedade 5.0, que nada mais é do que a próxima etapa da evolução da tão comentada Indústria 4.0.

Neste contexto, conexão entre as necessidades diárias das pessoas e os serviços oferecidos pelas empresas de tecnologia tem se tornado um fator cada vez mais recorrente, ou seja, a tecnologia deixou de estar dedicada ao processo de industrialização e passou a direcionar seu foco às necessidades básicas do ser humano, como mobilidade, segurança, agendamentos de serviços, computação em nuvem, dentre tantas outras inovações que tornam nosso dia mais simples.

Diante disso, a realidade das startups geralmente nasce de uma “dor” encontrada em algum segmento ou tarefa diária. Ao identificar essa debilidade, a empresa passa então a buscar uma solução por meio da tecnologia.

Neste processo de desenvolvimento surge então a Startup, uma empresa de tecnologia criada para sanar um problema latente na sociedade por meio de automação em softwares.

Em geral, essas empresas começam com a colaboração de poucos profissionais e tomam proporções maiores na medida em que seu produto se populariza.

A grande dor dessas startups é conseguir atrair o olhar de investidores para que apoiem sua ideia, e a transformem em uma necessidade de consumo no mercado da tecnologia.

Há 25 anos você poderia imaginar que um dia pudesse pedir comida por um app de delivery, ou quem sabe solicitar uma viagem a um motorista disponível 100% online.

A jornada de uma startup pode ser promissora, porém também “meteórica”, dependendo da forma como divulga seus produtos ou como se posiciona no mercado de investidores.

Neste quesito, a conexão com o governo acaba sendo uma oportunidade para que essas empresas consigam contratos de prestação de serviços que possam impulsionar seus negócios, além de trazer visibilidade para seu produto, já que a retaguarda do governo pode distribuir o produto em larga escala pelo território nacional.

Agora que entendemos a realidade atual das startups e como elas podem se beneficiar da conexão com o governo, vamos explorar nas próximas seções os motivos pelos quais a parceria com o governo pode ser benéfica para as empresas neste formato de negócio.

Benefícios financeiros da conexão entre empresas de tecnologia e o Governo

É impossível falar de negócios e não mencionar algo que todos buscam em comum: a lucratividade. Quando falamos da lucratividade de startups que se conectam com o governo federal, alguns pontos chave podem ser destacados:

Mercado Estável e Amplo

Parcerias com o governo oferecem acesso a um mercado estável e amplo. O governo é um comprador consistente e muitas vezes está disposto a pagar por soluções inovadoras que melhoram a eficiência e reduzem custos.

Por trabalhar em um formato licitatório, o governo sempre fará um processo de seleção de parceiros com base em contratos de prestação de serviço, ou seja, uma empresa de tecnologia deve estar preparada para ser um fornecedor consistente de tecnologia para o órgão governamental ao qual ele se conectar.

Em geral, os contratos governamentais são de Longo Prazo, o que proporciona previsibilidade financeira e estabilidade para a startup. Isso pode ajudar a garantir fluxo de caixa consistente e facilitar o planejamento estratégico a longo prazo.

Credibilidade e referência

Trabalhar com o governo pode aumentar a credibilidade da startup no mercado, já que o governo é visto como um cliente exigente e criterioso. Isso pode ajudar a atrair outros clientes do setor público e privado.

Quando falamos em credibilidade, falamos também em Marketing. Um dos ramos do marketing que poucas empresas se atentam é a própria “Gestão da Marca”, ou seja, o pleno entendimento estratégico de como se posicionar no mercado e como manipular a forma com as pessoas enxergam seu negócio.

Usar a parceria com o governo como ponto de credibilidade é uma estratégia infalível para quem quer se posicionar como referência na área em que atua.

Engajamento em inovação e desenvolvimento de soluções específicas

Startups, muitas vezes, são ágeis e inovadoras, capazes de oferecer soluções específicas e adaptáveis aos problemas do governo. Isso pode incluir desde tecnologias de informação até soluções de saúde pública e infraestrutura.

Ao perceber as demandas feitas pelos órgãos governamentais, as startups passam a contar com um vasto banco de dados que oferecem “matéria-prima” suficiente para a criação de soluções cabíveis a essas demandas.

Informações são valiosas quando se trata de desenvolver uma solução, e ao se conectar com o governo brasileiro, uma startup passa a ter contato com as necessidades de milhares ou milhões de usuários.

Além disso, as diferentes demandas podem gerar insights de outros produtos que podem ser resolvidos para sanar problemas sociais, ampliando assim o relacionamento com o governo.

Conheça o programa Inova Simples e como ele pode beneficiar as empresas de tecnologia

O Programa Inova Simples é uma iniciativa do governo brasileiro criada para simplificar o ambiente regulatório e promover a inovação nas startups e empresas de base tecnológica no país.

Para que o governo “plante e colha” inovação a longo prazo, foi preciso criar políticas públicas que fomentem a inovação nas mais diversas esferas sociais. Ao incentivar a abertura de novas empresas de tecnologia, o governo abre espaço para que novas mentes entrem no mercado da inovação, podendo então se tornarem fornecedoras de soluções pertinentes às necessidades governamentais.

Ele foi instituído pela Lei Complementar nº 167/2019 e busca reduzir a burocracia e facilitar o processo de abertura, operação e fechamento dessas empresas.

Vamos entender como o programa Inova Simples funciona para empresas de tecnologia?

O Programa Inova Simples oferece uma série de benefícios e facilidades para startups, para este artigo, pontuamos 5 pontos principais a respeito dessas vantagens:

  1. Simplicidade no registro da empresa: O programa simplifica o processo de abertura e registro das startups, reduzindo a burocracia e o tempo necessário para iniciar suas atividades.
  1. Regime tributário especial para startups: O Inova Simples facilita a adesão ao regime tributário simplificado, conhecido como Simples Nacional, com redução de carga tributária e simplificação do cumprimento de obrigações fiscais.
  1. Incentivos regulatórios: Dispõe de um regime simplificado para obtenção de autorizações, licenças e alvarás necessários para operação das startups, especialmente em setores regulamentados. 
  1. Flexibilidade Trabalhista: Proporciona flexibilização das normas trabalhistas, especialmente em relação à contratação de pessoal e acordos de trabalho.
  1. Incentivo à Inovação: Estimula a inovação ao simplificar o processo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos e serviços no mercado.

Em quais áreas de atuação sua empresa de tecnologia desenvolve produtos?

Estamos rodeados de exemplos de empresas que fornecem soluções tecnológicas para o governo, firmando parcerias duradouras e lucrativas.

Na área da educação, é comum o governo contar com startups para criação de sistemas de gestão escolar, aplicativos educacionais para impulsionar o aprendizado, dentre outras demandas.

Na área da saúde, o governo também pode contar com empresas da área de TI (Tecnologia da Informação), para  gerenciamento das informações dos pacientes do SUS, bem como a gestão de todas as despesas das unidades de saúde regidas pelo Ministério da Saúde (UPAs, Hospitais Públicos e clínicas parceiras).

Além dessas áreas, é muito comum o governo contar com empresas de tecnologia para infraestrutura e segurança, como a questão do controle de infrações de trânsito, por exemplo.

Poderíamos citar aqui uma série de outras possibilidades que abrem espaço para conexão entre o governo e startups.

A grande questão que serve como um diferencial para essas empresas é que poucas contam com uma assessoria de Relações Governamentais para monitorar as principais oportunidades que o governo lhes oferece.

Estar atento à atividade política é importante para “sair na frente” e obter uma vantagem competitiva. Afinal, como você faz para se manter atualizado sobre a movimentação política específica da sua área de atuação?
Para contar com nossa assessoria, entre em contato com o time Elo para mais informações.

Veja também