Relações Governamentais: O que é e como funciona? [GUIA COMPLETO]
Falar sobre relações governamentais implica em considerar a esfera política e suas influências nas demais áreas da sociedade, sejam elas relacionadas ao mercado ou não.
O cenário político brasileiro está em constante movimentação em relação à criação e melhoria de leis as quais beneficiam não só o setor público, como também o setor privado.
É neste momento que as organizações precisam estar atentas para estabelecer um fluxo de relações institucionais e governamentais a fim de se manterem atualizadas quanto aos impactos dos trâmites políticos.
Estar sempre atento às decisões do governo federal, estadual ou municipal é essencial, não só para obter vantagens competitivas, como também para identificar possíveis impactos negativos que as leis podem trazer aos negócios.
Imagine que uma indústria utilize-se de matérias-primas chinesas para realizar o processo de transformação (manufatura) em produtos finais.
Dentro deste cenário hipotético, suponhamos que o governo diminua relações transacionais com a China devido a um critério sanitário previsto em lei.
Índice do Artigo
- O que é Relações Governamentais?
- Por que é importante estudar sobre Relações Institucionais e Governamentais para minha empresa?
- Quais os tipos de empresas que devem estar atentas às relações governamentais?
- Qual a melhor forma para ficar atento às mudanças políticas que impactam a minha empresa?
- É possível obter lucro com as relações governamentais?
- Quais são os principais órgãos do governo voltados à iniciativa privada?
- Como fazer minha empresa ter mais visibilidade para conseguir parcerias com o setor público?
- O que são Agentes Governamentais e como podemos manter contato com eles?
- Um breve resumo da importância das relações governamentais para as empresas
Essa diminuição, fará com que haja escassez do produto importado, e consequentemente haja um aumento no valor do produto final.
Sem uma observação dos impactos das decisões políticas, as empresas correm o risco de estarem desprevenidas, diante de um impacto econômico.
Com este exemplo, chamamos a sua atenção para este artigo, cujo objetivo é servir como um GUIA COMPLETO sobre Relações governamentais bem como os seus impactos nos negócios.
O que é Relações Governamentais?
Relações Governamentais é uma área do conhecimento que observa a relação entre as organizações com o governo no que diz respeito às suas políticas públicas.
De uma forma ilustrada, podemos pensar na relação entre um empreendedor e um deputado estadual que se encontram em um ambiente de negócios.
O empresário está preocupado com o impacto das políticas públicas em seu negócio e busca estabelecer uma comunicação com o político para defender seus interesses e necessidades.
Já o político, por sua vez, busca conhecer as demandas e perspectivas do setor empresarial para poder criar políticas públicas mais eficazes e benéficas para a sociedade.
Neste relacionamento, a área de Relações Governamentais atua como um elo entre as empresas e o governo, fomentando o diálogo e a negociação.
Essa área envolve ações como:
- acompanhamento constante das políticas públicas
- participação em fóruns de discussão e consultas públicas
- o contato com representantes governamentais
- elaboração de propostas e posicionamentos
Dessa forma, as Relações Governamentais têm um papel fundamental no desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e na promoção de um ambiente de negócios favorável ao crescimento econômico e social.
Por que é importante estudar sobre Relações Institucionais e Governamentais para minha empresa?
As Relações Institucionais e Governamentais, também conhecidas pela sigla RIG, são fundamentais para as organizações que desejam atuar de forma estratégica no ambiente político e regulatório.
A seguir, listamos algumas das razões pelas quais se faz importante estudar sobre Relações Governamentais:
Fortalece sua imagem institucional
Quando sua empresa estabelece relações com autoridades governamentais e instituições, ela demonstra transparência e compromisso com a sociedade.
Essas relações podem contribuir para a construção de uma imagem institucional positiva e para a conquista de maior confiança por parte dos stakeholders, ou seja, sua marca se torna mais relevante no mercado.
Aumenta a sua influência no ambiente regulatório
As leis e as políticas governamentais têm um impacto direto nos negócios das empresas, no que diz respeito a questões como:
- impostos
- regulamentações
- incentivos fiscais
- entre outros.
Ao obter um melhor entendimento sobre como funciona o ambiente regulatório, sua empresa poderá se posicionar de maneira mais estratégica, influenciando na elaboração de políticas que atendam seus interesses.
Amplia as oportunidades de negócios
A atuação conjunta entre governos e instituições pode gerar novas oportunidades de negócios, como parcerias e projetos de cooperação, por exemplo.
Além disso, o conhecimento sobre políticas públicas pode abrir caminhos para a participação em licitações e concursos públicos, colocando sua empresa em foco ainda maior de possibilidades de negócios.
Gestão de riscos regulatórios
Já imaginou expor a sua empresa a riscos regulatórios como multas e sanções por falta de conhecimento relacionado a regras e políticas governamentais?
Ao estudar sobre Relações Governamentais, você pode identificar potenciais riscos e se antecipar a eles, diminuindo o risco de prejuízos.
Criação de Networking
Ao se relacionar com autoridades governamentais e instituições, você pode ampliar a rede de contatos da sua empresa, trazendo benefícios em diversos aspectos, como em:
- negociações
- captação de recursos
- compartilhamento de conhecimentos.
Resumindo, relações governamentais são importantes para que a empresa possa se posicionar de forma estratégica no ambiente político e regulatório, fortalecer sua imagem institucional, ampliar oportunidades de negócios, gerir riscos regulatórios e ampliar seu networking.
Quais os tipos de empresas que devem estar atentas às relações governamentais?
Na verdade, todas as empresas podem se beneficiar do estudo e da prática das relações governamentais.
Contudo, sabemos que algumas empresas precisam ficar mais atentas a este tema devido à sua maior exposição ao ambiente político e regulatório.
Dentre as empresas que se enquadram neste perfil, podemos citar:
Empresas pertencentes a setores regulados
Empresas que atuam em setores regulados pelo governo, como:
- energia
- telecomunicações
- transporte
- saúde
- alimentos
Essas organizações precisam estar atentas às políticas e regulamentações governamentais que impactam seus negócios.
Empresas com grande impacto socioambiental
As organizações que têm grande impacto socioambiental em suas atividades fazem parte da lista de empresas que precisam de um olhar atento às políticas governamentais. A exemplo desses segmentos, podemos citar:
- mineração
- petróleo e gás
- agricultura
O motivo principal de estar conectado aos órgãos do governo é a preservação do meio ambiente e bem como o atendimento correto das demandas da sociedade por meio práticas mais sustentáveis.
Empresas com atuação internacional
Empresas com atuação internacional, que exportam ou importam produtos, precisam estar atentas às políticas comerciais e às relações diplomáticas entre países.
As organizações que lidam com dados sensíveis, como por exemplo:
- Empresas que lidam com banco de dados sensíveis
- Empresas que manipulam informações pessoais de clientes
Essas empresas precisam estar atentas às leis e regulamentações relacionadas à proteção de dados pessoais.
Startups e outras empresas ligadas à tecnologia e inovação
Startups que buscam inovação em setores tradicionais e regulados, precisam estar atentas às políticas públicas de fomento à inovação, bem como as mudanças regulatórias que possam afetar suas operações.
Um dos grandes avanços da política brasileira em relação às Startups foi o Marco legal das Startups, cujo propósito era aproximar o setor público de empresas ligadas à inovação capazes de fomentar o avanço tecnológico da administração pública em todas as suas esferas.
Em geral, todas as empresas devem estar atentas às Relações Institucionais e Governamentais, pois a legislação e as políticas públicas podem impactar diretamente suas operações e resultados financeiros.
Qual a melhor forma para ficar atento às mudanças políticas que impactam a minha empresa?
Listamos aqui algumas das múltiplas formas que você pode usar para estar conectado aos trâmites do governo que podem ter impacto com o seu negócio.
Acompanhe os veículos de imprensa
A imprensa é uma fonte valiosa de informações sobre as mudanças políticas que podem afetar sua empresa.
Acompanhe os principais jornais e revistas, tanto locais quanto nacionais, e esteja atento às notícias relacionadas aos setores em que sua empresa atua.
Acompanhe o Diário Oficial da União
O Diário Oficial da União (DOU) é a publicação oficial do governo brasileiro destinada à divulgação de atos oficiais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de atos dos estados e municípios quando necessário. Publicado pela Imprensa Nacional, o DOU é uma ferramenta essencial para manter a transparência e assegurar o acesso à informação sobre as atividades governamentais.
Acompanhe os órgãos governamentais
Acompanhe as agendas e os comunicados dos órgãos governamentais que regulam os setores em que sua empresa atua.
Estar presente em audiências públicas, conselhos e reuniões setoriais pode ajudá-lo a entender as mudanças políticas em curso.
Participe de associações setoriais
As associações setoriais são importantes fontes de informação e representação dos interesses das empresas que atuam em um mesmo setor.
Participe de associações que representem os interesses de sua empresa e esteja atento às informações e eventos promovidos por elas.
Contrate especialistas em Relações Governamentais
Contratar especialistas em Relações Institucionais e Governamentais pode ajudar sua empresa a entender as mudanças políticas em curso e a se posicionar de forma estratégica em relação a elas.
Os profissionais especializados em Relações Governamentais podem monitorar a agenda política e regulatória, identificando riscos e oportunidades, e ajudando a construir relações com autoridades governamentais e instituições.
Acompanhe as redes sociais dos parlamentares
As redes sociais podem ser uma fonte valiosa de informações sobre as mudanças políticas em curso.
Com a popularização dos perfis oficiais de Figura Pública nas principais redes sociais, ficou mais fácil encontrar confiabilidade nas informações sobre o que está em tramitação nas casas legislativas.
Acompanhe os perfis dos principais políticos e autoridades governamentais, além dos perfis das associações e empresas que atuam em seu setor.
Mantenha-se atento às mudanças políticas que impactam sua empresa, é importante acompanhar os veículos de imprensa, os órgãos governamentais, participar de associações setoriais e contratar especialistas em relações governamentais.
É possível obter lucro com as relações governamentais?
Sim. Vários são os benefícios para as organizações. Contudo, esses benefícios não necessariamente se traduzem em lucro direto.
Uma empresa que trabalha de forma estratégica com as Relações Governamentais pode obter vantagens competitivas e melhorias significativas em seus resultados financeiros.
Vamos listar aqui algumas formas de como sua empresa pode se beneficiar das Relações Governamentais.
Acesso a recursos públicos para empreendedores
Uma empresa que possui uma boa relação com o governo pode ter mais facilidade em acessar recursos públicos, como:
- linhas de crédito
- programas de incentivo
- financiamentos do governo
- e outros subsídios.
Maior notabilidade
A participação em consultas públicas, audiências e eventos governamentais pode aumentar a visibilidade da sua empresa, gerando mais oportunidades de negócio e melhorando sua imagem diante do mercado.
Estar em evidência aumenta a sua competitividade, pois quando você passa a ser visto como uma autoridade, a tendência de você ser considerado como principal opção diante dos seus potenciais clientes é muito maior.
Redução de riscos
O monitoramento e a participação nas discussões governamentais podem permitir que a empresa antecipe mudanças regulatórias e riscos, adaptando-se a tempo e minimizando prejuízos.
Quando falamos em risco, nem sempre conseguimos ter uma dimensão de quanto isso custa em termos financeiros.
É neste momento que devemos pensar que alguns riscos podem prejudicar sua gestão, enquanto que outros podem levar empresas à falência, tudo por falta de cuidado com questões legais.
Abertura de novos mercados
Através das Relações Governamentais, as empresas podem identificar novas oportunidades de negócio em mercados regulados pelo governo, seja em nível nacional ou internacional.
Muitas vezes, ao ter contato com os órgãos governamentais, sua empresa pode identificar debilidades que o setor público possui, e transformar isso em uma nova alternativa de negócios, criando assim soluções a essas lacunas presentes na administração pública.
Quais são os principais órgãos do governo voltados à iniciativa privada?
Listamos aqui os principais órgãos do governo cujas atribuições envolvem a criação de políticas que refletem diretamente no setor privado.
Ministério da Economia
Este ministério é responsável por formular e executar políticas econômicas e fiscais, promover a competitividade e a inovação, fomentar o comércio e o investimento, além de cuidar da gestão financeira do governo.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Esta instituição tem como objetivo principal apoiar investimentos de longo prazo na economia brasileira, fornecendo financiamento, garantias e participações societárias.
Muitas empresas desconhecem o fato de que o BNDES possui linhas de crédito específicas para ampliar os negócios de pequenas, médias e grandes empresas.
A falta de conhecimento nesta área faz com que muitos empreendedores busquem recursos em bancos privados tradicionais, cujas taxa de juros são altas, e não representam um investimento viável.
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
Este órgão tem a missão de promover a internacionalização das empresas brasileiras, apoiando sua participação em feiras e eventos internacionais, além de fornecer consultoria e informações sobre mercados externos.
Ao longo dos últimos anos, podemos ver muitas Startups Unicórnios, ou seja, aquelas empresas ligadas à inovação que atraíram o olhar de investidores internacionais, fazendo com que a ideia se expandisse em pouco tempo em outros lugares do globo.
A APEX serve para impulsionar essa visibilidade internacional, fazendo com que as empresas ampliem seus negócios em contato com parceiros do exterior.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Esta agência é responsável por regular e fiscalizar as atividades como as listadas abaixo:
- produção
- transporte
- refino
- comercialização
- distribuição de petróleo
- gás natural
- biocombustíveis
Todas as empresas ligadas a este órgão precisam estar em constante atualização para que seus negócios não sofram impactos das mudanças propostas pelo governo.
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
A Anatel é capaz de regular e fiscalizar as atividades de telecomunicações, incluindo telefonia fixa e móvel, internet, TV por assinatura, entre outros.
É importante ressaltar que órgãos como a Anatel têm o poder de impactar não só as empresas, como também o consumidor final, já que a cada vez mais nos tornamos dependentes da comunicação veiculada pela tecnologia.
Como fazer minha empresa ter mais visibilidade para conseguir parcerias com o setor público?
Obtenha mais visibilidade e aumente as chances de conseguir parcerias com o setor público por meio de um envolvimento mais consistente com as políticas públicas.
Saber que isso é importante é fácil, difícil é saber como, onde e quando você deve começar a se envolver com esses assuntos.
Por este motivo, criamos abaixo algumas dicas de como aumentar sua visibilidade com a finalidade de conseguir parcerias com o setor público.
Participe de eventos governamentais
A participação em eventos promovidos pelo governo, como feiras, congressos, seminários, entre outros, pode aumentar a visibilidade da empresa e permitir que ela entre em contato com potenciais parceiros.
Conheça as políticas públicas e programas governamentais
Acompanhar de perto as políticas públicas e programas governamentais pode permitir que a empresa identifique oportunidades de negócio e se prepare para participar de editais de licitação e concursos públicos.
Estabeleça contatos com agentes governamentais
Manter uma relação próxima com agentes do governo pode permitir que a empresa conheça melhor as necessidades e demandas do setor público, além de facilitar o acesso a informações e oportunidades.
Invista em marketing e comunicação
A adoção de estratégias de marketing e comunicação pode aumentar a visibilidade da empresa e contribuir para sua reputação e credibilidade, fatores importantes para conquistar a confiança do setor público.
Buscar certificações e selos de qualidade
A obtenção de certificações e selos de qualidade reconhecidos pelo governo pode ser um diferencial para a empresa, demonstrando seu compromisso com a qualidade e a responsabilidade social.
Quando você se posiciona como uma empresa que possui determinada certificação, a tendência do crescimento da sua autoridade é ainda maior, e isso passa mais segurança às pessoas que pesquisam pelos serviços que você presta.
Participe de associações empresariais
Associar-se a entidades representativas do setor empresarial pode permitir que a empresa esteja mais próxima do governo e tenha mais chances de participar de discussões e negociações importantes para o setor.
Vale lembrar que o processo de conquista de parcerias com o setor público pode ser longo e complexo, exigindo planejamento estratégico, investimento em relacionamento e acompanhamento constante das demandas e políticas públicas em vigor.
O que são Agentes Governamentais e como podemos manter contato com eles?
Agentes governamentais são pessoas que atuam em órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais) e exercem funções relacionadas à formulação e implementação de políticas públicas.
Dentre os agentes você poderá encontrar: gestores, assessores, técnicos, consultores, entre outros profissionais que atuam em diferentes áreas do governo.
Listamos aqui algumas práticas que você precisa adotar para estar em contato com esse agentes:
- Participar de eventos governamentais
- Buscar informações em sites e portais do governo
- Contratar serviços de lobby e relações governamentais
Sobre este último tópico, é importante ressaltar que as empresas especializadas em lobby e relações governamentais podem ajudar a estabelecer contatos e acompanhar de perto as políticas públicas e as demandas do setor público, além de auxiliar na elaboração de propostas e projetos para participação em editais de licitação e concursos públicos.
Um breve resumo da importância das relações governamentais para as empresas
Com este artigo, podemos concluir que a importância das relações governamentais para as empresas ligadas ao setor privado transitam em dois eixos:
- Vantagem competitiva por meio de um acesso mais rápido a programas do governo, benefícios, linhas de crédito, licitações dentre outros meios que podem gerar oportunidades de negócios; e
- Diminuição dos riscos e impactos no seu negócio por meio da previsão e antecipação dos problemas que as leis podem trazer aos seus processos.
Existem formas de se manter atualizado de forma independente, porém recomendamos que você tenha ao seu lado parceiros com experiência suficiente para monitorar os trâmites do governo e assim traçar planos e soluções com a finalidade de orientar sua empresa nas melhores escolhas.
Vale lembrar que a relação com agentes governamentais deve ser baseada em transparência, ética e respeito à legislação em vigor.
O uso de práticas ilegais, como corrupção e suborno, pode acarretar em sérias consequências para a empresa e seus gestores.
Por este motivo, a Elo Relações Governamentais se move sobre seus valores, dentre eles a ética. Isso nos traz segurança quanto às negociações realizadas entre os agentes governamentais e nossos clientes (empresas privadas).
Fique atento aos nossos conteúdos. Iremos atualizar você com frequência sobre assuntos relacionados ao tema: relações governamentais.
Empresas de Goiás (GO) podem captar oportunidades de negócio junto ao governo
Goiás é um estado grande em muitos sentidos, começando pela questão territorial que lhe dá a 7ª posição dentre os estados brasileiros. O estado possui 340.203,329 quilômetros quadrados, ou seja, equivale ao território da Finlândia, para termos uma noção de seu potencial territorial.
Em termos econômicos, o estado de Goiás também é um “gigante”, pois tem experimentado um crescimento econômico significativo nos últimos anos, consolidando-se como um dos principais pólos de desenvolvimento do Brasil.
Índice do Artigo
Em 2024, por exemplo, foram registradas quase 10 mil novas empresas, um indicativo claro de um ambiente de negócios dinâmico e favorável.
Mas quem sabe você possa se perguntar: a que deve este crescimento do estado de Goiás? Este crescimento é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo:
- políticas governamentais eficazes
- investimentos em infraestrutura
- economia diversificada
Neste artigo vamos abordar sobre o potencial econômico do estado e como as empresas podem se beneficiar de oportunidades oferecidas tanto pelo Governo do Estado, quanto pelo Governo Federal.
Mas antes, vamos entender um pouco sobre o cenário econômico deste Gigante do centro-oeste brasileiro.
Goiás e o Agronegócio
Entre as principais atividades econômicas de Goiás, o agronegócio se destaca como um dos motores mais robustos. O estado é líder na produção de produtos como grãos, carne e leite, e setores que recebem substancial apoio do governo federal através de programas como o Plano Safra e linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) .
Esses incentivos são fundamentais para garantir a competitividade dos produtores goianos tanto no mercado interno quanto no externo.
Conheça o Goiás industrial
Além do agronegócio, a indústria também desempenha um papel crucial na economia de Goiás. O estado abriga importantes polos industriais, especialmente nos setores de alimentos e bebidas, farmacêutico e automotivo.
As empresas desses setores se beneficiam de incentivos fiscais e programas de financiamento oferecidos pelo governo federal, como o:
- Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Transformação (PDTI)
- Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
O estado de Goiás e a Tecnologia
A inovação tecnológica e as startups emergentes em Goiás são outro ponto de destaque. Com o apoio de iniciativas federais como o Programa Inova Empresa e o Start-Up Brasil, o estado tem se tornado um hub para empresas de tecnologia, especialmente nas áreas de agritech, biotecnologia e fintech.
Esses programas oferecem recursos financeiros, capacitação e acesso a redes de investidores, impulsionando o crescimento e a internacionalização das startups goianas.
Goiás ainda é “tímido” em relação à sua atuação tecnológica, quando comparado a outros estados. De acordo com o relatório DF TechReport, o estado (juntamente com o Distrito Federal), concentra 203 startups, sendo que a maioria está concentrada em Goiânia, cidade pólo da inovação no estado.
Como o Governo do Estado de Goiás apoia o empreendedorismo?
O Governo de Goiás tem implementado diversas medidas para facilitar a vida dos empreendedores, promovendo um ambiente de negócios mais favorável e estimulando o crescimento econômico no estado.
Nesta seção iremos detalhar alguns dos programas e iniciativas mais relevantes para quem deseja empreender em Goiás.
Programa Goiás Facilita
O Programa Goiás Facilita é uma das principais iniciativas do governo para impulsionar a atividade econômica no estado.
Este programa oferece uma série de medidas que visam simplificar processos burocráticos e reduzir custos para os empresários. Algumas das principais ações incluem:
- Redução de Burocracia: O programa tem como objetivo principal desburocratizar o processo de abertura de empresas, tornando-o mais ágil e menos custoso. Com a digitalização dos processos e a integração de sistemas, os empreendedores podem abrir seus negócios de forma mais rápida e eficiente.
- Descontos Fiscais: O Goiás Facilita também oferece descontos significativos para os contribuintes, podendo chegar a quase 100% em alguns casos. Isso ajuda a aliviar a carga tributária sobre os novos negócios, permitindo que os empreendedores invistam mais em suas operações e menos em impostos.
- Apoio ao Microempreendedor: Micro e pequenos empreendedores recebem suporte específico através de consultorias e programas de capacitação, ajudando-os a desenvolver suas habilidades gerenciais e a aprimorar seus negócios.
Facilitação de Contratos Internacionais
Outro aspecto importante das iniciativas do Governo de Goiás é a facilitação de contratos internacionais para startups. Com a globalização e a crescente integração econômica, é essencial que as startups goianas tenham acesso a mercados internacionais. O governo tem atuado de diversas formas para apoiar esse processo, e podemos listar algumas dessas iniciativas:
- Apoio Legal e Jurídico: O governo oferece suporte jurídico para a negociação e formalização de contratos internacionais, ajudando as startups a navegarem pelas complexidades legais envolvidas.
- Parcerias Internacionais: Através de parcerias com instituições internacionais, o governo facilita o acesso a redes de investidores e a oportunidades de negócios fora do país.
- Capacitação e Treinamento: Programas de capacitação são disponibilizados para preparar os empreendedores para o mercado internacional, oferecendo treinamentos sobre normas de exportação, acordos comerciais e estratégias de internacionalização.
Aprovação Rápida de Projetos e Licenças
Se abrir uma empresa já exige uma série de providências burocráticas no Brasil, imagine ter que colocar em operação uma empresa cuja atividade econômica exige licenças e documentos para fiscalização governamental.
Para incentivar a abertura e a expansão de empresas, o governo tem trabalhado na aceleração dos processos de aprovação de projetos e licenças. Isso inclui:
- Processos Digitais: A implementação de plataformas digitais permite que os empreendedores submetam e acompanhem seus projetos online, reduzindo o tempo de espera e eliminando a necessidade de deslocamentos físicos.
- Descentralização de Serviços: Serviços relacionados à abertura de empresas e à obtenção de licenças estão sendo descentralizados, permitindo que os empresários acessem esses serviços em várias regiões do estado.
- Simplificação de Exigências: Revisão e simplificação das exigências legais e regulamentares, tornando o processo menos oneroso e mais acessível, especialmente para micro e pequenas empresas.
Com isso, a rotina dos empreendedores se torna mais fluida e menos onerosa.
Oportunidades de incentivo oferecidas pelo Governo de Goiás
Quem sabe você chegou até aqui e esteja se perguntando: ‘Mas afinal, quais são os programas disponíveis para fomentar o crescimento das empresas em Goiás’
Com base em nossa pesquisa, trouxemos informações sobre oportunidades tanto do governo federal quanto do estadual.
Começamos então nossa seção comentando as oportunidades oferecidas pelo governo estadual.
Programa Produzir
Este programa oferece redução ou isenção de impostos para empresas que investem em setores estratégicos no estado. Com o Programa Produzir, as empresas goianas podem diminuir seus custos operacionais e aumentar sua competitividade.
Programa FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste)
O FCO consiste na criação de linhas de crédito com condições especiais para investimentos em inovação, expansão e modernização.
Empresas podem obter recursos financeiros a juros baixos e prazos longos, facilitando o crescimento e a inovação.
Programa Goiás Facilita
O Goiás Facilita visa simplificar processos burocráticos, como a abertura de empresas e a obtenção de licenças. As empresas participantes deste programa podem iniciar suas operações mais rapidamente e com menos custo.
Parcerias Público-Privadas (PPPs)
Colaborações entre o governo estadual e empresas privadas para desenvolver projetos de infraestrutura, como rodovias e saneamento básico.
No PPP, as empresas podem participar de grandes projetos de desenvolvimento com apoio governamental.
Programa Goiás Mais Empreendedor
Este é um programa voltado à capacitação de empreendedores para desenvolvimento de seus negócios. Ele oferece consultorias para aprimorar a gestão e a eficiência das empresas.
Com essa interferência mais “didática”, as empresas podem melhorar suas práticas de gestão e operação, aumentando sua produtividade e competitividade.
O Governo do Estado de Goiás
O Governo de Goiás está empenhado em criar um ambiente de negócios mais favorável para os empreendedores, através de programas como o Goiás Facilita (conforme mencionado anteriormente) e iniciativas para facilitar contratos internacionais e a aprovação de projetos.
Essas ações não só incentivam a criação de novas empresas, como também promovem o crescimento econômico sustentável no estado.
Para quem deseja empreender em Goiás, as oportunidades são vastas e as facilidades oferecidas pelo governo tornam o caminho mais acessível e promissor.
O que falta para muitas empresas é ter acesso e pleno conhecimento a respeito dessas oportunidades governamentais.
É neste cenário que a consultoria da Elo Relações Governamentais entra em cena, fazendo a ponte entre o seu negócio e os interesses políticos.
Vamos conversar sobre nossa consultoria? Aguardamos seu contato para falarmos sobre o seu projeto.
Elo Relações Governamentais: Entenda nossas três linhas de atuação na esfera política
Você já imaginou o quanto sua empresa pode estar perdendo por não estar por dentro da atividade política? Você sabe quais oportunidades de negócio você poderia estar concorrendo se soubesse exatamente como se conectar aos órgãos e agentes do governo?
É comum que os brasileiros observem as movimentações políticas pela ótica das polêmicas que permeiam as atitudes dos parlamentares, bem como sua representatividade diante dos projetos de lei, contudo, o que muitos não veem são as oportunidades que o meio político pode proporcionar às empresas através de parcerias e conhecimento das decisões governamentais.
Certamente você já ouviu falar de empresas que passaram a fornecer produtos para a área da saúde, ou quem sabe, empresas que se conectaram ao governo para fornecer tecnologia para áreas como segurança pública ou educação.
São essas oportunidades de parcerias e contratos lucrativos que muitas vezes passam despercebidos por empreendedores que não se atualizam sobre atividade parlamentar.
A outra face dessa desatenção é marcada pelos impactos negativos, como o não cumprimento de regulamentações, que pode levar a multas e sanções.
São muitas as justificativas que poderíamos pontuar aqui para reforçar a importância de estar conectado ao universo político.
A Elo Relações Governamentais ajuda a prevenir esses riscos e a identificar oportunidades, garantindo uma gestão estratégica e eficaz no cenário governamental.
Por este motivo, criamos este conteúdo para que você conheça nossa atuação e também entenda as principais vantagens de poder contar com uma consultoria de relações governamentais.
Quem é a Elo Relações Governamentais?
A Elo Relações Governamentais é uma consultoria especializada em conectar o setor privado ao público, oferecendo soluções personalizadas para negócios que precisam acompanhar as movimentações governamentais.
Com base na ética e na confiança, formamos equipes multidisciplinares para atender às demandas dos clientes, abrir novas oportunidades e prevenir riscos.
Atendemos mais de 120 municípios e atuamos em mais de 20 estados brasileiros.
O serviço de Relações Governamentais serve para qual tipo de empresa?
A capacidade de entender e influenciar políticas públicas pode significar a diferença entre crescimento sustentável e obstáculos regulatórios significativos, e isso serve para QUALQUER EMPRESA.
Nesse contexto, serviços especializados, como os oferecidos pela Elo, tornam-se essenciais, por isso, precisam ser acessíveis.
A Elo não apenas facilita o acesso a informações estratégicas e contatos-chave no governo, mas também oferece soluções acessíveis financeiramente, adaptadas às necessidades específicas de cada empresa, independentemente do setor ou tamanho.
Acreditamos que essa acessibilidade democratiza o acesso às relações governamentais, permitindo que todas as empresas possam navegar de maneira eficaz no ambiente regulatório e político.
Isso ajuda a fortalecer a posição da sua empresa no mercado e sua capacidade de crescimento sustentável, seja qual for o posicionamento atual que ela tem no mercado.
Nossa Abordagem
Guiados por um relacionamento próximo com os clientes, desenvolvemos estratégias que integram inteligência política e regulatória com as necessidades de cada empresa.
Os valores da Elo
- Inovação: Buscamos continuamente soluções inovadoras.
- Responsabilidade Social: Priorizamos práticas que beneficiem a sociedade.
- Ética e Transparência: Mantemos altos padrões éticos em todas as nossas ações.
- Trabalho em Equipe: Valorizamos a colaboração e o trabalho conjunto.
- Foco em Resultado: Nos dedicamos a alcançar resultados concretos para nossos clientes.
- Respeito à Diversidade: Promovemos a inclusão e a valorização das diferenças.
Nossos Serviços: As frentes de trabalho da Elo junto aos clientes
Dividimos nossa atuação em três eixos principais a fim de projetarmos nossas equipes para atender melhor nosso público-alvo:
- Monitoramento de Políticas Públicas: Acompanhamos trâmites legais e votações para manter nossos clientes informados sobre mudanças relevantes.
- Inteligência Política e Regulatória: Analisamos incentivos fiscais e riscos regulatórios, oferecendo planos de ação alinhados com as diretrizes governamentais.
- Defesa de Interesses e Engajamento: Promovemos o engajamento das empresas com stakeholders importantes, representando e defendendo seus interesses.
Por que escolher a Elo?
É comum que a maioria das agências de relações governamentais tenham foco nas oportunidades que o Governo Federal pode fornecer ao setor privado, e a Elo é uma dessas agências, porém, temos especialidade na conexão entre as empresas e os Governos dos Estados e Municípios. Ou seja, nossa atuação subnacional amplia ainda mais as oportunidades de negócios aos nossos parceiros.
A Elo entende a importância de uma comunicação fluida e transparente entre os setores privado e público. Nosso objetivo é não só facilitar essa comunicação, mas também criar oportunidades de negócios e minimizar riscos por meio de um engajamento estratégico.
Conquista do Selo IBRACEM
Confiança é tudo quando se trata de negociações, por isso procuramos nos manter com uma atuação de alto padrão no relacionamento com nossos clientes e parceiros. Um reflexo dessa busca pela excelência foi a conquista da Certificação IBRACEM.
Em janeiro de 2024, a Elo conquistou o selo “Empresa monitorada: Avaliação da Conformidade Legal IBRACEM” que é um reconhecimento que destaca nosso compromisso com a conformidade legal e ética nos negócios, garantindo que nossas operações sejam transparentes e dentro dos padrões regulatórios exigidos. A certificação IBRACEM proporciona confiança e credibilidade, reduz riscos legais e reafirma nosso compromisso com a transparência e ética em todas as nossas ações.
Atuação Subnacional
A Elo Relações Governamentais também é especialista em conectar empresas com governos estaduais e municipais.
Nossa atuação subnacional amplia ainda mais as oportunidades de conexão com a atividade parlamentar, permitindo um engajamento mais eficaz e personalizado. Com isso, ajudamos nossos clientes a navegar pelas complexidades dos governos locais, potencializando suas oportunidades de negócio e garantindo uma presença estratégica em todas as esferas de governo.
Vantagens de uma Consultoria de Relações Institucionais e Governamentais
Ter uma consultoria de relações institucionais e governamentais como a Elo proporciona várias vantagens. Abaixo pontuamos alguns dos principais benefícios.
- Atendimento Personalizado: Oferecemos soluções sob medida para as necessidades específicas de cada cliente. Fazemos uma imersão no segmento de cada empresa, mapeando as oportunidades e os pontos onde pode haver uma conexão com o governo para um relacionamento comercial.
- Foco em Resultados: Nosso compromisso é alcançar resultados concretos e mensuráveis, por isso temos em nosso time pessoas qualificadas para registrar cada conquista e medir resultados para que todos possam perceber o desenvolvimento de um projeto de RIG (Relações Institucionais e Governamentais).
- Engajamento Contínuo com Stakeholders: Mantemos uma comunicação constante com todas as partes interessadas, fortalecendo relações e ampliando oportunidades.
- Prevenção de Riscos: Monitoramos o cenário regulatório e político para antecipar e mitigar riscos. Sem essa observação constante, as empresas parceiras estariam mais expostas a sanções e multas pelo não cumprimento de regras regidas por novas leis.
- Acesso a Informações Exclusivas: Fornecemos insights valiosos e atualizados sobre o ambiente governamental e legislativo. Além disso, o fato de estarmos constantemente atualizados sobre o segmento de atuação de nossos clientes nos permite captar rapidamente as oportunidades licitatórias.
O que fazemos com todas as informações que levantamos aos nossos clientes?
Uma Consultoria de RIG não consiste apenas em levantar informações relevantes ou antecipar possíveis impactos. Nossa atuação inclui a criação de planos de ação para estudar e contornar os impactos das leis, bem como a atuação estratégica na formulação de políticas públicas.
Entendemos que a busca pelos resultados é uma parceria que vai do início ao fim dos projetos, por isso trabalhamos tanto nas etapas de pesquisa e levantamento de dados, quanto na execução dos serviços de alinhamento das empresas para alcançarem seus objetivos.
Queremos conectar nossa equipe com a sua para manter sua empresa alerta quanto às oportunidades com o Governo.
Se você quer levar essa parceria para o seu negócio, entre em contato com nosso time comercial para conversarmos sobre suas intenções.
Entenda mais sobre as leis ambientais que impactam o setor privado
Não é segredo para ninguém que o Brasil é um país diverso e exuberante no que diz respeito a riquezas naturais. Desde a Floresta Amazônica que atrai o olhar de líderes de todos os países, até a mata atlântica que corta o litoral brasileiro de norte a Sul, contamos com riquezas de insumos utilizados nas mais diversas manufaturas.
Apesar dessa riqueza e insumos ser boa para as atividades econômicas do Brasil, houve determinadas fases na história em que o Governo Brasileiro precisou intervir por meio de políticas públicas para que não houvesse um impacto negativo na natureza.
Neste artigo iremos abordar sobre as leis ambientais que impactaram o setor privado nos últimos anos.
Além disso, neste conteúdo você irá descobrir como as empresas podem se conectar ao governo por meio de programas ligados ao meio ambiente.
Índice do Artigo
- Por que foram criadas as leis ambientais no território brasileiro?
- As principais justificativas do Governo Brasileiro para a criação de leis ambientais
- A timeline das principais Leis Ambientais no Brasil
- Como as empresas do ramo privado são impactadas pelas leis ambientais?
- Como diminuir os impactos da legislação ambiental no ramo empresarial privado?
Por que foram criadas as leis ambientais no território brasileiro?
A necessidade de criar leis ambientais no Brasil surgiu pela geração de consciência sobre a importância da preservação do meio ambiente para a saúde pública.
Vários fatores contribuíram para que o governo brasileiro começasse a investir tempo e recursos na criação de uma legislação ambiental robusta a partir do século XX. Dentre esses fatores podemos destacar.
A aceleração da degradação ambiental
Pelo fato de ter uma vasta área verde, algumas regiões brasileiras enfrentaram processos intensos de desmatamento, poluição e degradação devido à expansão industrial e urbana.
Por consequência, isso resultou na perda da biodiversidade, erosão do solo e contaminação de águas.
Para que isso não se agravasse em decorrência do crescimento populacional e das demandas de bens consumíveis, foi necessária a discussão de pautas sobre preservação.
Movimentos sociais e a pressão internacional
Nas décadas de 1970 e 1980, houve uma intensificação dos movimentos sociais e ambientais no Brasil. Além disso, a pressão internacional aumentou, especialmente após conferências globais sobre meio ambiente.
A famosa Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo (1972) e a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (1992) foram dois eventos icônicos que marcaram o fortalecimento dos planos de ação para preservação ambiental.
Desastres naturais
Incidentes como a contaminação por mercúrio na Amazônia, desastres de mineração, e episódios graves de poluição urbana mostraram também a necessidade de uma ação legislativa para prevenção do meio ambiente.
Na medida em que esses acontecimentos entravam em cena, o Governo percebia que não havia uma política estruturada e padronizada para resolver problemas de poluição em massa.
Preservação animal
A evolução dos estudos ligados à biologia também foi um fator determinante para acelerar a urgência das políticas públicas ligadas ao meio ambiente, pois muitos estudos indicavam a extinção de algumas espécies da fauna brasileira, bem como a ameaça de extinção de outras espécies.
Percebeu-se que a morte de muitos animais estava associada à mudança brusca de seu habitat em decorrência do desmatamento e avanço da atividade urbana.
Desenvolvimento Sustentável
Com o passar dos anos, houve um conceito que ganhou força nos fóruns mundiais sobre omeio ambiente: Desenvolvimento sustentável.
As discussões realizadas no exterior sugeriram a criação de políticas que equilibrassem o crescimento econômico com a proteção ambiental. Essas leis ambientais visam promover um uso mais racional e sustentável dos recursos naturais.
Obviamente, o impacto maior seria na rotina das grandes empresas, as quais eram, em parte, responsáveis pelo desmatamento e exploração mineral (insumos para a indústria).
As principais justificativas do Governo Brasileiro para a criação de leis ambientais
Acima de tudo, as decisões governamentais tiveram como prioridade a Saúde Pública. A poluição e degradação ambiental têm impactos diretos na saúde da população, como doenças respiratórias e contaminação de fontes de água.
Além disso, outra grande justificativa do governo foi a Economia Sustentável, a qual foi veiculada por leis ambientais que passaram a incentivar práticas econômicas sustentáveis que garantem (a longo prazo) a disponibilidade de recursos naturais essenciais.
A imagem internacional também foi um dos fatos que pesou na justificativa governamental. O cumprimento de compromissos internacionais em fóruns e acordos ambientais melhora a reputação do país e facilita a cooperação e os investimentos externos.
Sem essa relação com os demais países, o Brasil teria mais dificuldade em fomentar acordos de exportação, uma vez que os países não se relacionam economicamente com um país ambientalmente irresponsável.
A timeline das principais Leis Ambientais no Brasil
As leis que temos no presente momento são resultados de décadas de desenvolvimento de políticas ambientais.
Para esclarecer a evolução de nosso compromisso ambiental no Brasil, organizamos os principais marcos legislativos da nossa história política.
- 1934 – Código de Águas: Regula o uso e a proteção dos recursos hídricos no país.
- 1965 – Código Florestal: Normas para a exploração das florestas e definição de áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais.
- 1981 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981): criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
- 1988 – A nova Constituição Federal passa a incluir o meio ambiente como direito fundamental, estabelecendo que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
- 1989 – Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/1985): Instrumento para a defesa judicial de direitos difusos, incluindo o meio ambiente.
- 1997 – Lei das Águas (Lei nº 9.433/1997): Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
- 1998 – Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998): Delimita quais são os crimes ambientais e estabelece suas penalidades, podendo responsabilizar tanto pessoas físicas quanto jurídicas.
- 1999 – Lei de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999): Institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
- 2000 – Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001): Regula o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos e do equilíbrio ambiental.
- 2006 – Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/2006): Utilização e proteção da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país.
- 2010 – Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010): Normas para a gerenciamento de resíduos sólidos, incentivando a reciclagem.
- 2012 – Revisão do Código Florestal (Lei nº 12.651/2012): Atualiza as normas para a proteção da vegetação nativa, regulamentando o uso sustentável das florestas e áreas de preservação.
- 2015 – Lei da Biodiversidade (Lei nº 13.123/2015): Regula o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado.
Como você pode ver, são mais de 9 décadas de desenvolvimento de leis para proteção ambiental. A seguir vamos abordar sobre os impactos que essas leis causam no setor privado.
Como as empresas do ramo privado são impactadas pelas leis ambientais?
As leis em geral impõem requisitos, seja para pessoas físicas ou jurídicas. No caso das leis ambientais, a padronização da conduta empresarial serve para:
- controle de poluição
- gestão de resíduos
- uso sustentável dos recursos naturais
- preservação dos ecossistemas.
Em termos mais práticos, imagine que uma indústria química instalada no Brasil esteja diante da lei Lei de Controle de Emissões e Tratamento de Efluentes Industriais (Lei nº 14.200/2024).
Esta lei ordena que as empresas deste ramo devem reduzir as emissões de gases poluentes em 30% nos próximos três anos, além de implementar sistemas de tratamento de efluentes líquidos para remover contaminantes antes do descarte. Outra exigência dessa lei é a obrigatoriedade de monitorar periodicamente as emissões e os efluentes, reportando os dados aos órgãos responsáveis pela fiscalização.
Diante dessa exigência, essa empresa do segmento químico precisará passar por algumas adequações estruturais que envolvem determinados investimentos, como:
- Instalação de Filtros para remover contaminantes do ar antes da liberação.
- Atualização dos fornos e caldeiras com tecnologias mais eficientes para reduzir a emissão de NOx e SOx.
- Implementação de sistemas de energia solar e eólica para reduzir a dependência de fontes de energia fóssil (Energia Renovável).
Diante dessas exigências, as empresas deverão ter prazo para cumprimento de cada requisito a fim de evitar o risco de multas e penalidades, pois a falta de conformidade pode levar a sanções e até à interrupção das atividades empresariais.
Como diminuir os impactos da legislação ambiental no ramo empresarial privado?
Contar com uma assessoria de relações governamentais (RIG) especializada é essencial para empresas ligadas ao meio ambiente, devido à complexidade e constante evolução das leis e regulamentações ambientais.
Essa assessoria oferece diversos benefícios que ajudam as empresas a navegar por esse cenário de alterações legais, garantindo conformidade, antecipando riscos e aproveitando oportunidades.
Listamos abaixo os principais benefícios de contar com um time de assessores especializados em RIG:
- Monitoramento Contínuo da Legislação
- Estudo de planos de ação e análise de riscos para antecipação de mudanças
- Análise de Oportunidades na intenção de identificar novos negócios a partir das novas leis
- Advocacy e Lobbying para que os seus interesses cheguem aos legisladores e reguladores
- Implementação de regulamentos
- Treinamento e capacitação dos colaboradores que serão impactados pelas mudanças de rotina resultantes das novas leis
- Gerenciamento de crises decorrentes das novas implementações, estreitando a comunicação com os órgãos responsáveis.
Se você faz parte de uma empresa que sofre constantemente impacto direto da legislação ambiental, a Elo Relações Governamentais é uma ótima opção para que você possa estreitar os laços com os órgãos governamentais e assim diminuir o impacto negativo decorrente das movimentações legais.
Entre em contato com nosso time comercial para saber como nossa consultoria pode ser útil para o seu desenvolvimento.
Dentro da área de Relações Institucionais e Governamentais (RIG), existe uma série de funções que devem ser desempenhadas para que as empresas tenham uma conexão real e consistente com os órgãos governamentais, bem como com a legislação vigente.
Um profissional de RIG que desempenha suas funções em uma empresa privada, geralmente atua desempenhando este papel de conexão entre o “privado e o político”. Contudo, dependendo dos objetivos da empresa, sua função poderá exigir uma atuação mais “outdoor”, focada em relacionamento com agentes, ou uma função mais “indoor”, focada na análise legislativa e monitoramento da movimentação política no parlamento.
Diante dessa variedade de funções, responderemos aqui:
- Quais as principais atribuições de um profissional de relações governamentais?
- Quais áreas do conhecimento ele deve dominar para desempenhar uma função consistente e valorosa para a empresa?
- Qual a formação ideal para uma pessoa que almeja esta profissão?
- Como é o dia a dia de um profissional de relações governamentais?
Essas e outras informações você acessa neste artigo que serve como um guia sobre a profissão de Analista de Relações Governamentais.
Índice do Artigo
Quais as principais atribuições de um profissional de Relações Governamentais?
O Profissional de Relações Governamentais é conhecido também como lobista ou analista de políticas públicas. Este profissional desempenha um papel fundamental na conexão entre organizações ou grupos de interesse e o governo.
Em geral, esta função de RIG conecta o profissional diretamente com o alto escalão da empresa, uma vez que esta área influencia diretamente as decisões administrativas da organização.
Dentre as principais atribuições do profissional de RIG, existem duas que se destacam:
- a representação dos interesses de sua organização perante autoridades governamentais
- formulação de estratégias para influenciar políticas públicas.
Contudo, vamos listar nas próximas seções as principais atribuições desta função.
Monitoramento e Análise de Políticas Públicas:
Nesta função, a responsabilidade do profissional de RIG é acompanhar de perto as políticas governamentais, projetos de lei e regulamentações que afetam os interesses da organização.
Além disso, o analista de RIG deve analisar o impacto potencial dessas políticas e regulamentações nos negócios ou na agenda da organização.
Um claro exemplo de função do profissional de RIG é o monitoramento dos debates legislativos sobre privacidade de dados, analisando como as novas leis propostas podem impactar a coleta e o uso de dados pela empresa.
Advocacia e Influência
Nesta atribuição, a função do analista de RIG é defender os interesses da organização perante legisladores, autoridades governamentais e outros stakeholders.
É neste momento que devem ser aplicadas as estratégias de lobby e advocacy para persuadir decisores políticos a apoiar ou rejeitar determinadas políticas.
Imagine por exemplo um lobista de uma associação de fabricantes de automóveis que precisa se encontrar com membros do congresso para defender políticas que incentivem a produção de veículos elétricos. Sua função é apresentar argumentos sobre os benefícios econômicos e ambientais.
Construção de Relacionamentos
A construção de relacionamentos que conectam o poder público e privado é um dos principais desafios, principalmente para quem está iniciando nesta função. Esta função consiste basicamente em estabelecer e manter relacionamentos estratégicos com autoridades governamentais, legisladores, funcionários públicos e outros influenciadores.
Se você tem esta atribuição em sua função como analista de RIG, prepare-se para uma rotina que inclui: Participar de eventos, reuniões e audiências públicas para desenvolver redes de contatos e promover os interesses da organização.
Análise de Riscos e Oportunidades
Esta é uma das funções que mais interessa o alto escalão da empresa, pois a identificação de riscos e oportunidades, ao mesmo tempo protege o patrimônio da empresa e desbrava novas oportunidades de negócio.
Nesta função, é necessário gostar de estudar políticas regulatórias e legislativas para identificar ameaças potenciais e oportunidades relacionadas à área de atuação da empresa.
Desenvolver planos de ação para mitigar riscos ou capitalizar oportunidades emergentes.
Comunicação Estratégica
Esta é uma das funções que mais envolve atividades indoor. A função de comunicação estratégica exige a criação e disseminação de materiais de comunicação persuasivos, como relatórios, briefings e posicionamentos, para influenciar a opinião pública e os formuladores de políticas.
Se você vai focar suas atividades nesta atribuição, prepare-se para gerenciar campanhas de relações públicas e esforços de engajamento para promover a visão e os objetivos da organização.
A formação ideal para profissionais de Relações Governamentais
Aqui no Brasil, a formação de um profissional de Relações Governamentais pode ocorrer de diversas maneiras, pois não há uma formação específica ou um curso único que seja exclusivo para essa área.
Contudo, veja que existem diversas opções de cursos e áreas de estudo que proporcionam conhecimentos relevantes para que uma pessoa desempenhe esse papel em empresas ou organizações. Listamos aqui estão algumas delas:
- Ciência Política
- Relações Internacionais
- Direito
- Administração Pública e Gestão Governamental
- Comunicação Social e Jornalismo
- Economia
- Administração de Empresas
Não podemos nos esquecer dos cursos de pós-graduação! Sim, além desses cursos de graduação, existem também as formações de especialização e cursos de extensão que podem oferecer conhecimentos específicos e mais pontuais em Relações Governamentais, Lobby, Advocacy e Políticas Públicas.
Se você é um profissional interessado nesta área, é importante lembrar que, como profissional, você deve buscar constantemente se atualizar e aprimorar suas habilidades, participando de cursos, workshops, seminários e eventos relacionados à área política e governamental.
Contratar um profissional de Relações Governamentais ou uma Assessoria de RIG?
Esta é uma pergunta difícil de se responder, pois ambas as funções possuem seus pontos fortes e fracos. Também ressaltamos logo de início que você, profissional de RIG, pode atuar tanto como um profissional de RIG, prestando serviço a uma empresa única, quanto um Assessor independente (Empresa de Assessoria de RIG) que atende diversas empresas e seus interesses.
Existem algumas vantagens em substituir um profissional de Relações Governamentais por uma assessoria especializada em RIG (Relações Institucionais e Governamentais). Vamos então a essas vantagens.
Expertise especializada e diversidade de habilidades
Enquanto um profissional de RIG pode estar em uma posição onde desempenha várias funções, a Assessoria vai dispor de um profissional especialista em cada área, podendo ter uma ação dedicada em sua função.
Uma assessoria especializada em RIG geralmente possui uma equipe de profissionais com experiência e conhecimento especializado em políticas públicas, advocacy e lobby. Essa diversidade de profissionais pode trazer uma perspectiva ampla e profunda sobre questões políticas e regulatórias, além de terem uma rede de contatos estabelecida no governo e no setor privado.
Quanto mais pessoas envolvidas nos processos, maiores são as possibilidades de uma assessoria ampliar sua rede de contatos com pessoas chave para o processo de conexão entre o setor político e privado.
Flexibilidade e Escalabilidade
Contratar uma assessoria de RIG pode ser mais econômico do que manter um profissional em tempo integral, especialmente para empresas menores ou em estágio inicial. Além disso, uma assessoria especializada pode ajudar a diminuir os riscos associados a questões políticas e regulatórias, oferecendo orientação especializada e estratégias eficazes para lidar com essas questões.
A melhor opção pode ser a associação de um analista com uma Assessoria
É importante ressaltar que a decisão de contratar uma assessoria especializada em RIG ou manter um profissional interno depende das necessidades específicas da empresa, do orçamento disponível e da complexidade das questões políticas e regulatórias enfrentadas.
Algumas empresas podem optar por uma combinação de ambas as abordagens, utilizando uma assessoria especializada para projetos específicos ou complementando o trabalho de um profissional interno.
Lembre-se que uma assessoria sempre vai precisar de uma pessoa responsável dentro da empresa para validar documentos, decisões, e fazer a conexão entre os assessores e a diretoria da empresa.
Esperamos que este guia tenha ajudado você a perceber a importância de manter profissionais qualificados em seu setor de relações governamentais.
Fique atento ao nosso Blog. Todas as semanas novos conteúdos sobre o universo político e sua conexão com o setor privado.
Incentivos econômicos, como o próprio nome sugere, são uma estratégia adotada pelo governo cujo objetivo é influenciar as atividades econômicas das empresas por meio de programas financeiros que impulsionam sua expansão comercial, ou seja, são financiamentos facilitados ou até mesmo benefícios fiscais acessíveis para que as empresas possam ter mais segurança econômica para investir em sua estrutura.
Esses incentivos podem assumir várias formas, desde subsídios e isenções fiscais até financiamentos subsidiados e investimentos diretos em infraestrutura.
Em resumo, os incentivos fiscais representam uma “ferramenta governamental” para promover o crescimento econômico, a inovação e a competitividade em diferentes setores da economia.
Para as empresas em busca de oportunidades de crescimento e desenvolvimento, os incentivos econômicos representam uma fonte de estímulo, capaz de impulsionar sua inovação.
Índice do Artigo
- Por que exatamente o Governo se preocupa em criar políticas de incentivos econômicos?
- Quais são os 4 principais incentivos econômicos oferecidos pelo Governo Brasileiro?
- O que é a Lei do Bem e como ela funciona no Brasil?
- Qual a melhor forma para aplicar aos benefícios e incentivos econômicos no Brasil?
Por que exatamente o Governo se preocupa em criar políticas de incentivos econômicos?
Ao proporcionar melhores condições financeiras aos empreendedores em ascensão, o governo brasileiro aumenta as chances de cultivar no Brasil uma cultura de evolução e inovação, apostando em ideias que podem revolucionar o mercado.
Existem no Brasil muitas mentes empreendedoras que criam diariamente soluções para as diversas dores encontradas na sociedade, desde segurança pública, saúde, educação, construção civil e outras áreas.
Os resultados desse incentivo são a expansão de ideias, crescimento exponencial de empresas e, consequentemente, maior geração de empregos.
Além disso, investir no apoio a essas empresas, pode “Colocar o Brasil no Mapa da Inovação”, ou seja, as grandes ideias criadas em território nacional poderão ter maior prestígio internacional, atraindo o olhar de investidores.
O crescimento das empresas também reflete nos cofres públicos, uma vez que as empresas passam a contribuir mais com o governo por meio dos impostos, gerando assim um crescimento coletivo para a nação.
Quais são os 4 principais incentivos econômicos oferecidos pelo Governo Brasileiro?
Em geral, o Governo Federal possui em sua política 4 principais incentivos econômicos para empresas que almejam expandir seus negócios ou, quem sabe, buscar uma recuperação financeira por meio desses incentivos.
Listamos os 4 subsídios abaixo para que você entenda quais são e como aplicar para sua participação.
Subsídios financeiros do governo
Os subsídios financeiros são valores concedidos pelo governo ou por entidades públicas para apoiar tanto as empresas, quanto setores ou atividades específicas. Esses subsídios podem ser diretos, como transferências de dinheiro, ou indiretos, como reduções de tarifas.
Para aplicar a esses subsídios, as empresas interessadas devem primeiramente identificar os programas disponíveis em seu setor ou região. Em geral, esses programas são anunciados nos portais oficiais dessas instituições, no painel de notícias, ou na área de editais.
As empresas que aplicam para esses subsídios, precisam atender a alguns critérios ou requisitos, que podem incluir demonstrar impacto econômico, social ou ambiental, e seguir os procedimentos de inscrição especificados pelos órgãos governamentais responsáveis.
Isenções Fiscais
Isenções fiscais são benefícios que permitem que as empresas reduzam ou eliminem certos encargos tributários, como:
- Impostos sobre vendas
- Impostos sobre a propriedade
- Impostos sobre a renda.
As empresas podem aproveitar as isenções fiscais verificando as leis tributárias locais ou nacionais para identificar as disposições que se aplicam a elas.
Como qualquer outra oferta feita pelo governo, as empresas devem cumprir os requisitos estabelecidos para qualificar-se para essas isenções
Créditos Tributários
Os créditos tributários são valores que as empresas podem deduzir de seus impostos devidos. Eles podem ser oferecidos para incentivar atividades específicas, como:
- pesquisa e desenvolvimento
- conservação ambiental
- contratação de determinadas categorias de funcionários.
As empresas que desejam acessar créditos tributários geralmente precisam apresentar documentação que comprove o cumprimento dos requisitos estabelecidos.
Financiamentos Subsidiados
Financiamentos subsidiados são como empréstimos ou linhas de crédito, porém, são oferecidos a taxas de juros abaixo do mercado.
Esses benefícios geralmente são anunciados no Portal Oficial do Governo Federal, em parceria com bancos públicos e instituições financeiras parceiras (privadas).
Prepare-se para a apresentação de um plano de negócios com fundamentação bem objetiva sobre o seu planejamento. Isso mesmo! Além de terem que atender aos critérios de elegibilidade, as empresas precisam se preparar para a apresentação de um plano de negócios detalhado que fundamente o uso da verba solicitada.
O que é a Lei do Bem e como ela funciona no Brasil?
Não temos como comentar este assunto sem abordar a famosa Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005). Essa lei visa incentivar a inovação tecnológica e o desenvolvimento científico no país. Ela estabelece uma série de incentivos fiscais para empresas que realizam atividades de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, mais conhecida como P&D.
Dentre as formas de incentivos desta lei estão as principais: 1) concessão de benefícios fiscais sobre o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e sobre a 2) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Em resumo, as empresas que realizam despesas com P&D podem deduzir até 160% do valor dessas despesas do lucro líquido, o que reduz o valor do IRPJ e da CSLL, impostos comentados acima.
Você pode estar se perguntando: Como me tornar elegível para aplicar aos requisitos da Lei do Bem? As empresas devem desenvolver projetos de pesquisa tecnológica e inovação em áreas especificadas, que são:
- tecnologia da informação
- telecomunicações
- energia renovável
- biotecnologia
Além disso, a empresa precisará atender certos requisitos, dentre eles, a apresentação de relatórios técnicos e a comprovação da efetiva realização das despesas de P&D.
Digamos que se trata de uma troca justa, a empresa investe em P&D para contribuir no cenário tecnológico do país, recebendo assim incentivos fiscais que reduzem sua carga tributária.
Qual a melhor forma para aplicar aos benefícios e incentivos econômicos no Brasil?
É neste exato momento que a assessoria de Relações Governamentais entra em cena. Neste cenário de pesquisa pelo melhor programa, a assessoria faz muito mais do que apenas encontrar o programa ideal, a principal função na verdade consiste em preparar a empresa para atender todos os requisitos exigidos pelo governo.
A Elo realiza este serviço, servindo como uma ponte entre os interesses da empresa e as normas estabelecidas pelos órgãos governamentais. Neste sentido, acompanhamos os editais e regras de cada programa, caminhando lado a lado com as empresas parceiras para alinhá-las aos requisitos do programa.
Se você visa expandir seu negócio, ou precisa de um incentivo econômico para gerenciar uma crise financeira para a sua empresa, conte com nosso time comercial.
Queremos ser seu parceiro, realizando o relacionamento governamental que sua empresa precisa para evoluir.
Compliance Empresarial: Um guia sobre alinhamento legal para empreendedores
Compliance Empresarial é uma ação necessária para que as empresas operem em solo nacional, já que todas as organizações estão sujeitas a uma série de regras que podem ou não ser de cunho legal.
Geralmente, quem tem a iniciativa de abrir um negócio, nem sempre domina assuntos relacionados aos aspectos legais necessários tanto para que a empresa seja aberta quanto para que ela opere comercialmente.
Se você faz parte ou lidera uma corporação que lida com exportações, por exemplo, não só precisa estar por dentro de aspectos legais ligados à logística nacional, como também precisa estar atento às normas internacionais de comércio exterior e transações de produtos.
É neste momento que o compliance empresarial entra em cena, ou seja, a necessidade de uma empresa estar alinhada às legislações vigentes de sua área de atuação demanda um processo de estudo, treinamento de pessoas, adequação de processos, e criação de uma nova cultura na empresa a fim de que tudo fique em dia com o governo brasileiro.
Neste conteúdo, iremos abordar algumas boas práticas para que você entenda a importância do compliance empresarial e os impactos que ele pode trazer ao seu negócio.
Continue lendo para entender os conceitos e as dicas que a Elo Relações Governamentais criou para facilitar suas ações em prol do Compliance Empresarial.
O que é Compliance Empresarial?
Compliance consiste em um grupo de regras, políticas e regimentos que a organização cria para adequar seus processos às leis vigentes, tanto leis gerais relacionadas a questões econômico financeiras, quanto leis específicas do ramo de atuação no qual a empresa está inserida.
Um exemplo de compliance empresarial pode ser facilmente identificado em empresas ligadas ao ramo logístico, as quais precisam estar adequadas às questões fiscais como:
- Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
- Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)
- Documento Auxiliar Conhecimento de Transporte Eletrônico (DACTE)
- Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e)
Além dos documentos acima, os quais são essenciais para que a empresa opere comercialmente em território brasileiro, existem legislações específicas ligadas ao ramo logístico que podem impactar na forma de se trabalhar, exigindo então uma adequação dos processos, como por exemplo:
- Lei dos Motoristas de Caminhão Profissionais – Lei 13.103/2015 (conhecida como Lei do Caminhoneiro)
- LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – Lei 13.709/2018.
Sendo a primeira relacionada às regras de jornada de trabalho do profissional caminhoneiro, as quais impactam na organização de carga horária e rotas; e a segunda relacionada à proteção de dados de clientes e fornecedores, já que as empresas lidam com a manipulação de dados sensíveis como informações de ordem financeira.
Neste sentido, o compliance empresarial tem a finalidade de criar etapas ao longo dos processos existentes na empresa para que os profissionais e sistemas contribuam com a adequação às exigências legais.
Como iniciar um processo de Compliance Empresarial
Geralmente, empresários pesquisam e contam com o auxílio de contadores para as adequações iniciais ligadas ao ramo financeiro e fiscal, já que, sem essas adequações, é impossível operar comercialmente em solo nacional.
Contudo, as demais adequações aos termos legais muitas vezes pode depender de um profissional consultor especialista em leis, ou até mesmo alguém com experiência suficiente para adequar os processos da empresa à exigência legal vigente.
O primeiro passo para iniciar um processo de compliance empresarial é pesquisar a legislação vigente da sua área de atuação.
Fora a CLT, que prevê normas gerais relacionadas ao departamento pessoal (Recursos Humanos) de qualquer corporação, independente do tamanho, procure observar se a sua área de atuação conta com leis específicas, por exemplo:
- Empresas de transporte de produtos químicos
- Organizações ligadas ao agronegócio
- Companhias de energia elétrica que respondem à órgãos reguladores como a ANEEL
- Empresas ligadas à saúde, que precisam se adequar ao Ministério da Saúde, bem como às regras da ANVISA
Cada área possui sua particularidade legal. Algo interessante que se deve pontuar aqui é justamente a evolução dessas leis. Muitas dessas leis sofrem emendas, e muitas outras são criadas ao longo de nossa evolução política, por este motivo, muitas empresas precisam realizar novas adequações em seus processos para se adequar às novidades legais, mesmo que já estejam atuando no mercado há muito tempo.
Crie uma política interna de trabalho para sua organização
As políticas internas nada mais são do que documentos com diferentes protocolos de atuação, ou seja, é o documento pelo qual a empresa estabelece os padrões de trabalho aos colaboradores.
A criação de diferentes protocolos em uma política serve para que a empresa esclareça aos colaboradores as regras que eles devem seguir, garantindo assim que os processos não deixem passar detalhes que são responsáveis pelo cumprimento das leis nacionais.
As políticas devem conter a postura que a empresa tem diante de determinadas situações comuns no dia a dia.
Além da política, muitas empresas criam Manuais de Conduta, ou Regimentos internos, que além de seguirem a política da empresa (postura), contém regras, passo-a-passos, e fluxos de processos que desenham o cenário ideal de atuação.
Por serem documentos que refletem as operações da empresa no dia-a-dia, eles devem ser constantemente revisados para estarem de acordo com a legislação atual.
Crie uma rotina de treinamento para que as pessoas absorvam as novas regras
Imagine que cada vez que uma regra legal é alterada, a empresa decide implementar as mudanças em sua política, porém não informa os colaboradores da nova mudança.
De nada adianta a alteração física de um documento se as pessoas são as protagonistas no processo de adequação às novas regras.
O ideal é que a empresa reforce periodicamente o treinamento dos colaboradores para que todos entendam o porquê do cumprimento de determinadas regras.
É interessante que as pessoas entendam o impacto que suas ações terão no alinhamento legal da empresa, do contrário, irão seguir regras sem contexto, e sem entender o seu real valor.
Este tipo de atitude deixa margem para que as pessoas não cumpram determinadas regras necessárias por julgarem não serem importantes. Sem essa conscientização, a empresa pode deixar de cumprir exigências necessárias para o seu funcionamento.
Riscos que as empresas correm por não realizarem o Compliance Empresarial
Quando uma organização não se adequa às exigências legais, ela pode estar sujeita a sanções por parte do governo, ou seja, multas de alto valor aplicadas à empresa por não cumprirem requisitos legais.
Um forte exemplo deste caso é a própria LGPD. A Lei Geral de Proteção de Dados prevê que as empresas criem dispositivos internos para manipular os dados das pessoas de uma forma responsável, evitando assim o vazamento de informações que podem ser prejudiciais às pessoas.
Se uma empresa não controla seu banco de dados onde estão armazenadas as informações de seus clientes, essas listas podem facilmente cair nas mãos de pessoas mal intencionadas que podem, inclusive, vender informações sensíveis como CPF, dados de contas bancárias, endereço residencial, e até mesmo detalhes médicos como tipo sanguíneo, informações sobre alergias e sensibilidades, além de outros históricos pessoais.
Caso uma pessoa seja abordada indevidamente por empresas que fazem uso desses dados sensíveis para fins comerciais, a empresa que forneceu a lista pode ficar sob investigação da justiça por acusação de venda indevida de lista de dados pessoais.
As sanções podem passar de multas de R$ 50.000 em casos específicos. Certamente você não quer que sua empresa enfrente desafios como este, por isso, a hora de criar políticas para proteção dos dados dentro da sua empresa é agora.
Compliance empresarial exige constante monitoramento dos processos
A forma mais comum para averiguar se os processos da sua empresa estão ou não correspondendo às leis é por meio de auditorias de processos.
É necessário criar em sua empresa uma cultura de análise de processos com uma certa periodicidade na intenção de verificar como as pessoas estão executando suas etapas de trabalho.
A auditoria precisa conter um checklist das principais leis para facilitar o auditor no reconhecimento de falhas no processo.
Acima de tudo, não se esqueça de documentar sua auditoria, pois dessa forma você irá garantir que a análise foi concluída e que sua empresa não corre risco de sofrer penalizações por estar distante do cumprimento das leis.
Conte com a Elo para o seu Compliance Empresarial
Começar um processo de compliance empresarial obviamente vai requerer de você uma dedicação pessoal, além de envolver membros chaves de sua equipe, porém, o processo pode ser muito mais fluido quando você conta com uma empresa especialista na análise de leis e adequação de processos.
A Elo Relações Governamentais faz a ponte entre o seu negócio e a legislação vigente que pode impactar nos seus processos.
Nosso serviço de monitoramento político encurta a distância do seu alinhamento legal. Além disso, temos a capacidade de encontrar oportunidades de negócios para sua empresa por meio de um estudo dirigido sobre sua área de atuação.
Muitas empresas conseguem firmar contratos diretamente com o governo, ou até mesmo participar de licitações após terem um relacionamento mais próximo com órgãos governamentais e agentes do governo federal.
Se você precisa deste elo, entre em contato com nossos especialistas para entender como podemos elevar sua empresa a um novo patamar.